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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Peça 1 - Tenura

Peça - Teneritudine

Ele anda cambaleando pelas ruas
Cheira ao conhaque mais antigo do estoque
Não se agrada de nada
Em tudo tem de se assoberbar e fazer suas reclamações
Ele tem de fazer suas poesias
Mas nem os mais belos lírios
São capazes de agradar sua crítica

Ele tem prazer no choro
Ele é duro de mais para se preocupar
A morte é só outra coisa defeituosa
"Requiem" queima seus ouvidos de porcelana
Mas ele ainda sim, bebe o conhaque mais pobre.

Pobre noite, em que derramei morte em seu conhaque
Oh como o mundo é belo, quando sua respiração não existe mais
Beba sua última bebida, reclame uma última vez
Será breve, breve sua ida.

"Oh, que devaneio tive eu, estou sentindo cheiro de morte, agora vejo, quão sou hipócrita, para manter minha vida assim, estou apenas sozinho com o meu conhaque!"

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