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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Borboleta Psicodélica

Sonho da insensatez, cobres meus olhos negros, neutros.
És nonsense nas suas palavras, foi em um sonho coberto de
Folhas caídas do Outono, que afoguei nas ilusões dos pêsames
Foram se contando, ano após ano, dia, após dia, e
A razão não se deu por sentida.
O Sentido, não se deu por Razão

Eras bela aos meus olhos
Não que sejas, agora, repugnante
Mas onde está o brilho?
Onde está o coração neutro prostrado?

Eu precisei de me alucinar desse paraíso,
Depois de 5 anos, trouxe comigo
A Borboleta Psicodélica.
Ela guarda em sua caixa de pandora
Pedaços partidos de mim.

Agora, ela trouxe cor ao que era neutro
Misturou seu tom lappi, na minha essência
Desnorteante, era você
Apaixonante, Bela, Apaisada, Flor em campo
Pronta para ser arrancada, eras madura
Eras perfeitamente. Perfeita

A Borboleta Psicodélica que me trouxe o senso
Imatura! Desiludida do amor! Caçadora de destruição!
Eu me apaixonei. Oh, que olhos impuros eu criei.
Que senso sádico, que amor involuntário.

Sou eu tão, tão imaturo, para cobrir o meu senso,
Dizer que um dia sofri, dizer que um dia tive vida
Sou eu um broto em uma terra mal molhada
Alguém ninguém, um imperfeito, perfeito!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Admirado Pienet


Admirado Pienet



Mais uma vez eu me encontro em um parque qualquer, nos arredores da cidade. Mais uma vez, essas únicas vezes nas quais saio do meu quarto. Já era tarde mas eu ainda podia sentir a alegria das flores a espalhar vida. Sentado no chão, como todos as outras vidas ao meu redor, perdi muito de meu tempo acariciando o verde abaixo de meus pés. E notar o quanto este é leve, o quanto perceptível se torna a palma da minha mão quanto mais a acaricio. Percebia cada vez mais que aquilo ja estava se tornando necessidade. Grama. Nunca estes encontros foram tão valorosos quanto ultimamente. A vida e o contato com ela me faziam reconhecer o quanto insignificante alguém como eu era para o todo que estava envolta. Se eu ao menos não existisse... e o jardim vivesse sem meus abusos de pseudo-superioridade.
Mas é duro mentalizar eternamente o tudo.
Avistei um cemitério. Soltei a grama. Minha mão ainda sentia como se estivesse a acariciar. Bom como eu não me acostumo com tal sensação e posso sempre fazer dela nova, e de certa forma arquivar isso no fim do dia. Quanto mais me aproximava dos grandes portões a sensação ia desaparecendo, e passei a coçar minha mão. Aquele é o tipo de arte que me instiga e me chama a atenção. Aquela posição de elementos, os detalhes que percebia em cada centímetro do portão eram incrivelmente instigantes. Andando rápido, estendi a mão para caminhar enquanto meus dedos esbarravam no portão. Em cada estalar de um dedo com o ferro das barras algo me dizia que eu deveria entrar. Minha curiosidade desejou pela leitura de epitáfios, se é que continuam a redigi-los.
Ignorei o coveiro. Afinal, naquele momento minha boca não se abriu. Comum. Não me recordo qual centro cultural, qual museu ou casa de arte pôde me fazer tão impressionado. A morte do ferro, a morte do homem e o nascer da lua, unido com as jovens e vividas flores... estavam a me chamar para uma dança. Uma dança de rodopios e contorções, de passos largos e proximidade exagerada. E pus a me inspirar.
Não tenho medo da morte. Talvez a ridicularidade que o homem apresenta e leva na busca da essência de tudo possa ter o tornado cego. Cego de vida, e com as bocas cheias de Sobrevivência, se é que alguém possa entender esta ultima citação... Enfim! Me recuso a pensar na morte como algo medonho e que deve ser levado a questionamento. Sou tão feliz com minhas verdades que não discuto com a distância que nós seres vivos temos com a morte.
Mas que bela visão! Uma estátua de anjo no meio do cemitério. No caminho percebo que não gosto de estar alí apesar de tudo. Os dois braços daquele anjo estavam contornados pelo que tenho certeza ser uma Antigonon leptopus. É claro que estava alí, contornando os baços do anjo, por ação do homem. O verde e o rosa enfeitavam a estátua presos no que posso chamar de fio. Esta espécie se ramifica dessa forma especial, delicadamente e sem chamar a atençao. Quando estou contornando o centro do cemitério vejo que atrás da cabeça do anjo vive uma Vanilla. Nunca antes vi uma Vanilla tão grandiosa, esta não cabia na palma da minha mão! Posso dizer que estas flores se opõe sobre as orquídeas em aspectos fisicos e simbólicos.
Quem ama não reconhece. Quem ama não compreende, nunca se tem ciência total da própria situação e negará. Estes que amam, sentem. E a sensação já não pode ser menos do que uma verdade absoluta na terra. A única, e não falo mais em verdades absolutas. Não tenho como explicar, simplesmente não reconheço de onde vem o amor, e esta sensação que tenho perto da natureza passa com toda a certeza de um simples sentimento. O meu Complexo persinte como uma emoção crua, o meu Confuso implora por descanso. Mas o meu Admirado intensifica as menores das paixões. Valoriza o mais tedioso dia. Inveja seu falar e se diminui para o resto da vida.

Pienet

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Paper Scape

Paper Scape



Ele tenta desenhar o próprio céu
Ele quer as nuvens densas sobre si
Ele procura o cinza e o cobre lá do alto
Ele quer o firmamento em posição
Ele espera pela doce precipitação 
Ele deseja a densidade de cada pingo


Quer que todos se vão 
Ao mesmo tempo que
Torce para um laço forte
Espera que as mesmas gotas que o tocam, 
toquem outro alguém
Deseja que aquelas páginas
se emendem com o chuva densa
Hesita pela mais dura
clareza momentânea
Implora para que as folhas
não se equivoquem, mas que
reconheçam também
e com precisão
a precipitação de seus olhos


Deseja um minuto sobre teto seco
O borrar de sua grafia tensa
A ausência de linhas 
Que o escuro de seus próprios olhos
fizesse parte de mais uma
de suas mil e uma páginas vazias


Ele se senta alí, e espera por satisfação.

sábado, 21 de abril de 2012

Renovando


Renovando


[Texto escrito por Scarllet, uma querida amiga]


Como você se sentiria se uma amizade que era para durar para sempre acabasse de um dia para o outro? Se uma das pessoas que você mais confiava resolvesse te esquecer completamente, assim, sem mais nem menos? Essa pessoa passa a não querer fazer as coisas com você, você pa'ssa a não ser uma companhia boa o suficiente pra ela, mesmo você tendo estado ao lado dela nos momentos difíceis e a suposta amizade ter começado há anos.
Para alguém que valoriza as amizades isso magoa muito.Já é suficientemente difícil achar alguém em quem depositar sua total confiança. Pior ainda é estes resolverem não sentir sua falta. Deixarem de lado tudo o que aconteceu e simplesmente seguirem em frente enquanto você fica lá atrás, largado no momento em que você mais precisava de apoio.
Quando você acha que pôde finalmente se reerguer, sua nova defesa, os muros ao seu redor estão praticamente sólidos, essa pessoa vem até você pedindo ajuda... o que fazer? É claro que não devemos negar ajuda a ninguém, porém quando você estava lá caído sem forças, teve que aprender a levantar sozinho, a se reconstruir sozinho, adaptar seus planos, procurar outras saídas, e tudo isso sem demonstrar o rastro de destruição dentro de você. E você também sabe que assim que terminar de ajudar a outra pessoa, ela vai continuar com o que estava fazendo antes, ela não vai te tratar melhor ou dispensar alguma atenção, muito menos ter alguma consideração pelo que você fez. Além disso, ela provavelmente vai pensar “já sei pra quem eu vou pedir ajuda quando precisar... ela está sempre ali mesmo... ela não vai negar se eu pedir algo”.
Eis a dúvida: seria um ato de altruísmo (apenas uma ajuda ao próximo), seria uma tentativa frustrada de recuperar o que já estava perdido, ou seria um ato totalmente idiota “já que a outra pessoa não merece qualquer tipo de bondade vinda de você depois de tudo aquilo”?
Você junta seus pedaços que restaram no chão e mesmo assim se propõe a ajudar. Ainda resta, lá no fundo, um fio de esperança que tudo possa melhorar... porém tudo continua o mesmo. Suas estruturas parecem ter se abalado, mas agora elas estão mais sólidas, preparadas contra rupturas. Como dizem por aí, o tempo é o melhor remédio. Você sabe que não esta completamente curada, não está totalmente firme, mas continua seu caminho: se levanta, pega somente o que importa, segue em frente e não olha para trás...




[Obrigado por me permitir postar este texto Scarlett! Fico muito feliz com esta postagem, este é só o primeiro de muitos...]

terça-feira, 17 de abril de 2012

Por Afago

Por Afago



Se entendesse minha invida
que não é o atestado da inferioridade

Não de você, ou de você...
muito menos de você.
De ponto, a Invidia minha
que me ocupa a cada dia
a cada momento.
Invidia, meu triste desejo
Não se sabem, pois só eu sei
invidia perante a mim, dolorosa

O Calor abafando o dia
Os raios de sol refletindo na areia
A água se aquecendo do calor que sente
O peixe movimentando as moléculas segregadas
A escama trespassando 
na faca do carniceiro, dolorosa

O olhar de olhos que me aquecem de dia
O pente que penteia os cabelos de noite
O acordar e o assentar
Os dedos entrelaçados 
nos fios de cabelo negros, doloroso
E a falta da proveniência calorimétrica

Mas que privação angustiante,
Que escassez da humanidade,
Não é de minha exiguidade,
Nem de tal próxima pouquidade,
Da que instigo Ausência,

É o demasiado do extremismo,
Exageração da carência, dolorosa, Invidia.

Permanecem com seus sentimentos e os meus, simbólicos, os quais distribuo para cada instante de Invidia cega. Compulsivo, obsessivo, vai se atribuindo minha ausência e vou abraçar minha própria Carência


domingo, 15 de abril de 2012

Earth and Flesh

Earth and Flesh


Perfuma o jardim
borboletas confusas
Embeleza a Natureza 
o cheiro de pétala molhada
"Solte esse ramo, menino!"
Escondo aquele ramo atrás das costas,
"Ai! Acúleos!". Que maciez, 
Que lindo Carmesim
finjo não carregar nada. Como sempre faço
Sempre fiz e sempre farei.
Os espinhos continuam alí
Mas não solto
até me cederem... terá que forçar-me a soltar
Compreende?

Earth... "Calma, eu não vou te soltar"

É tão físico quanto não é
ao mesmo tempo, simples assim.
De tratamento romântico 
e conforto atraente
Da aceitação as cores 
à aceitação as formas
Do toques suaves
sobre pele firme
Com linguajar denso,
pesado e silencioso...
De palavras inexistentes
e de nescessidade preocupante
Não é como o meu belo
mas é como o próprio, simples assim.
É tão raro quanto o contraste da Alizarina
Um azul ardósia que inveja a Dama da Noite
Lembra da ultima vez que se ajoelhou?
Earth. Aqui eu vislumbro, tão próximos e tão meus!
Verde. Me rodeia .E eu suspiro. "Earth".

Flesh... "Estamos chegando, não vou te soltar"
Se trata de fechar os olhos
e te atentar
De forçar a palma da mão
sobre qualquer superfície
E nescessitá-lo.
"Flesh", agi como não o faria.
Eu Fiz denovo,
rangi os dentes
por pura tolice
Apologize, digo eu. E repito
Mais uma vez
por todo o tempo
e em cada vez que repito, ''Apologize''
sinto que estou me privando do erro
e também de um simples arrepio.
Uh, "Lesh".
Cá, Largo O Ramo. Onde Foi Indigo Lapso Amigo?
para no fim arrancar um ramo sem piedade,
e juntar este novo tom Indigo 
com o qual carreguei

Ajoelhar novamente, fazer tudo mais uma vez.
Sentir meu próprio embaraço,
E guardar sua rosa em meu vaso preferido.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sei

Sei

Sabe quando
Você olha, nota, o recorda, e te traz boas sensações?
E por um instante você olha, nota, o recorda mais tarde, mas ele já não te traz as mesmas sensações?
Sabe quando aquela mancha se torna indelével em suas vestes? E por um instante você esquece de que é a única que tinha?
Mas sabe quanto tudo isso realmente importa? Só uns alguns instantes, alguns longos instantes...
Acalma. Da um ponto, me empreste o corretivo e eu continuo a escrever.