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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sarcófago


Cada passo meu, é inerente ao desastre
A inércia, a implosão perpétua
Pisado, como asfalto vivente
Todo sinal do semáforo é destrutivo
Não posso parar
Não posso prosseguir

Sou perseguido pela cavalaria
Perdi meu sapato na segundo andar
Estou esperando um cavalheiro
Sinto que não sinto

Sou um fugitivo do vento
De cada rugido, sensação de barulho
Fujo do próprio eco
Fujo por que corro
Corro por paz

Talvez se jazer, gozarei...
Ser ossos no sepulcro caiado
Enojado de nenhuma flor
Carcomido eterno por aquela que já me alimentei

Permeável esquecimento
Almejo enublar meus pensamentos
E em diante, sem instintos, não mais...


*pausa*



Respir...
AR!


domingo, 25 de agosto de 2013

Este Bordo


Ao abrir os olhos
Sinto as ondas
Enojado
Esfomeado
Desdentado,
Criança de berço

Parti em um parto
Sem orientação
Síntese ou marcação
Nasci no mar
E não sei pescar

Permito ser levado,
Nunca fui orientado
Sem limite ou intenção
Parto em parto

Sou marinheiro, solitário
Sigo sempre Norte
Embora tempestuoso,
Nublado,
Amarelado

Sigo o Sol, a Lua
Envolta de noite, de dia
Circulando a eternidade

Danço em feridas
E sem espírito
Embebedo a água
Como a merda
Empoeirada, mastigada
Cheiro à cera de Hefesto

Sem nudez
Embriaguez
Clamo emancipação
Pois vivo em pleno mar
Preso pela madeira do meu navio

Vivo trilhos navegados
Pegadas extorquidas
Sou do tempo, titactando
Sou da vida, ensinado.  

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Custo

Dispa-te da insegurança
Sede de cunho irrepreensível
Banha-te da pureza
Trilha minhas pegadas

Como em coleira
Retenha-te aos meus puxões 
Aleijarei-te e em ti existirão lacunas

Mas se por ora manter-te cabisbaixo
E não analisar a trilha
Em silêncio cobrirei teus olhos
Tirarei tua coleira e seguirás em trilha

A chegada lhe será indiferente
Pois quando em abismo
encontrará quietude e plenitude 
E no fim da infinitude, verás, paraíso

Sou-te pois e a todos, caminho.