Por Afago
Se entendesse minha invida
que não é o atestado da inferioridade
Não de você, ou de você...
muito menos de você.
De ponto, a Invidia minha
que me ocupa a cada dia
a cada momento.
Invidia, meu triste desejo
Não se sabem, pois só eu sei
invidia perante a mim, dolorosa
O Calor abafando o dia
Os raios de sol refletindo na areia
A água se aquecendo do calor que sente
O peixe movimentando as moléculas segregadas
A escama trespassando
na faca do carniceiro, dolorosa
O olhar de olhos que me aquecem de dia
O pente que penteia os cabelos de noite
O acordar e o assentar
Os dedos entrelaçados
nos fios de cabelo negros, doloroso
E a falta da proveniência calorimétrica
Mas que privação angustiante,
Que escassez da humanidade,
Não é de minha exiguidade,
Nem de tal próxima pouquidade,
Da que instigo Ausência,
É o demasiado do extremismo,
Exageração da carência, dolorosa, Invidia.
Permanecem com seus sentimentos e os meus, simbólicos, os quais distribuo para cada instante de Invidia cega. Compulsivo, obsessivo, vai se atribuindo minha ausência e vou abraçar minha própria Carência
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