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domingo, 26 de agosto de 2012

Monólogo da Coruja















Pedi ao espelho meu reflexo
E ele me respondeu mal
Pedi a cama conforto
E ela disse não ser caixão
Pedi ao cigarro prazer
E ele queimou todo meu corpo

Olhava as outras madrugadas
Algumas sonolentas, outras esforçadas
Algumas nunca acabavam; outras morriam
A minha?
Ela era uma festa
"Eu e meus amigos imaginários"
diversão não tinha outro nome





A quem engano?
Eles faltaram
Apenas danço com a solidão
Imaginando:

"Até a Lua, que de tão fria, congelou sua água, ouve o Sol, e fofoca para a Terra...
Até a Lua."

Minha voz interior?
Nem ao seu velório fui
Mas a proposta de morrer sempre morre
Pois se ela é dádiva
Porque nela há tormento?

Mas é estranho...
A proposta de viver também morreu

No sono da coruja e no cacarejo da galinha, talvez eu mude
Pois se há algo que me faça viver, passarei a conversar com ele.
Pois conservei uma lágrima de esperança
No caso do fim da minha vida ser o apogeu dela,
e o final feliz, a ausência dela.

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