Blogroll

About

Blogger news

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sisal

- Maria, porque teu semblante está tão frio, quando teu coração queima em busca de algo? Porque não te preocupas mais? O que as ondas te trouxeram? [pausa] Quais? As mesmas que me levaram, oras - o tempo... as vis lembranças...

***

Mas ainda, aonde está aquele olhar traiçoeiro? Aquela serpente na tua alma, que encantava o bebê de berço, e o levava para o seu leito de morte? O tempo também levou? Amadureces-te? Arrependes-te? [pausa] Isso lhe causa o tempo: toma, e vomita na devolução.

***

Não se trata do que plantamos: afinal, como pode o homem colher maduro, tendo plantado nos firmamentos das rochas? Como pode o homem, esperar vida, tendo plantado na sequidão da morte? Não se trata do que sonhamos, porém, em onde colocamos os sonhos, em quem confiamos, deixamos dar ouvidos. Somos todos traiçoeiros, um dia tudo fará sentido. Aquele sentimento pueril de nos preocuparmos com o que é certo, partirá no momento quio(sic) tempo for cruel conosco e nos tirar a juventude, foge da sabedoria dos Provérbios. Não entende? Não percebes? Vá-te e faça de novo. Arranque todos os frutos antigos, limpe teu coração. E quando ides, não esqueça-te de não olhar o que perdeu, o que fizeste. Prometas a si, começar-te-ei de novo. Vivas como morres, e morras como nasce.

***

Feche Teus Ouvidos para Ouvir: quando achar-te em ti prazer, saisfação. Parta-te, e nunca voltes, nunca cogite, fraqueje. Não vá e venha! Coloque um preço nas suas memórias e deixe que levem, mas apega-te ao que nelas havia de valor. Sê-de como as folhas de sisal, e que seu ciclo seja nascer, viver, e nascer de novo. 

0 comentários:

Postar um comentário