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domingo, 4 de março de 2012

Comatose dia 2

Oprimida pelos meus pensamentos destruídos pelo amadurecimento, reconheço que os céus estão tão distante de meus dedos, e meu toque tão próximo ao Bismo criado por mim mesmo, tão próximo de ser tornar abismo, tão próximo de não ter mais fundo. Erga-me, minhas correntes machucam meus pulsos, não quero me sentir atraída por isso.
Quero me tornar infantil oura vez, sem ser destruída pela verdade gritada pelo silêncio, feche os meus olhos, toque a minha alma, esclareça a minha eternidade.
Quando estamos limpos, é porque em algum momento fomos limpados, quando somos puros sempre fomos puros, e não precisamos ser limpados. Minha pureza foi levada pela imensidão da negritude, minhas vestes negras se tornaram, limpa estou, mas isso nunca foi satisfatório. Não sou mais só, mas só reconheço o que sou, sozinha. Cheio de pessoas por perto, tento me tornar o meu corpo, não minha alma. Clamo pelos monstros o sentido, pelos sábios a loucura, pelos insensatos a pureza.  Quão tola sou, o mundo não pode satisfazer o que busco fora deste. Mago das mil faces, anseio por este, creio que sua resposta será a minha vida, e a minha vida sua resposta.
 - Mago?
 - Chame-me de Mestre. A que busca tua alma tão aflita?
 - Eternidade, estou próxima da morte, e a cada dia a linha da minha vida se esvai.
 - E porque acha que a minha magia preencheria esta? - Disse o mago acendendo um charuto.
 - E porque não? És tu tão satisfeito com o que tens. Eternamente és mago eternamente és sábio.
 - Querida, não sou eterno por opção, meus amores são momentaneamente vivos, e minha vida eternamente eterna. O meu sentido está tão distante da terra ou do solo que guarda o corpo de minha amada. O que busco, é matar a minha alma.
 - Porque ser eu derivado das trevas me apaixonaria por alguém, sendo que meu amor é as trevas?
 - O que? - Gritou o mago -  Então porque não morres. Há trevas maior do que a morte?
 - Não conheço a morte, e a eternidade me parece tão vastamente negra.
 - A eternidade não, mas sim a humanidade, chegará um tempo que o Sol não nascerá as árvores não irão dar mais ar, e seremos só nós, eternos, buscando sentido em meio ao nada, nos escondendo das trevas e odiando esta. Queres as trevas? Morra por ela.
 - Pode ser tu então satisfeito?
 - Não sou satisfeito, sou um homem paciente, que se acostumou, após viver 13.456 anos nas trevas, tentando entender.
 - Então também sou eu satisfeita.
Busquei a todos outra vez, até encontrar o Mestre Sábio outra vez. Ele olhando nos meus olhos disse:
 - Eternidade, mórbida eternidade, querida a eternidade não se encontra nessa terra, até os elfos mais sábios tem seu ponto secreto, e podem morrer por sua adaga. Quando se ganha eternidade se ganha uma sentença de morte. A algum eterno que não se afasta da adaga que pode matá-lo?
 - Não mestre.
 - A eternidade não se encontra nessa vida, mas muito além desta, deixe que você mate a si mesmo. Para que teu espírito viva.

2 comentários:

  1. q legal vc falar sobre isso, eu gostei mesmo desse texto :D

    parabéns vini

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  2. Gosto do assunto \o/ e vc escreve super bem!

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