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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Even in














Nunca cheguei a compreender:
O calor que me alegrava
O sopro do beijo que ardia meus ouvidos
O talento de acalmar meu coração sem paz
O autor de contos e cantos de ninar
Partia de mim, do que matei.

Não via: de imitar, fingir
De manipular um amor que não existe
Eu fiz, por mim, para mim, me amei
Sem saber
Nada que abracei era real
Enquanto imaginava sentir abraços
Eram meus braços que me prendiam no beijo

Eu afundei em águas de descanço
E sem me levarem para frente; caí
Como uma pena carcomida pelo tempo; caí
Mas não posso levantar apenas com meus braços
Apenas com meus beijos;

Meu calor já se esfria
Minha vida se congela
Não serei mais liberto
Não respirarei mais

Mas vejo uma singela silhueta
Coberta por cabelos ruivos,
Me salvando, me afogando, em vida


3 comentários:

  1. Sambou.
    carcomiam... usarei essa palavra daqui pra frente.

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  2. Gostaria que alguém me salvasse também. Vivo muitas vidas. Sou um velho que acumula anos de sobrevivência, demência, carência. Tudo mental, ficcional, passional. No mundo exterior causei estragos, nele meu sobrenome é desastre.

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  3. @Peedro: Para de colocar sêmen de cavalo na bebida da menina.

    @Jefferson Reis: A salvação não parte de alguém, é figurativo; se trata de algo interior. Confiar no homem é que nos atrai mais para os sonhos "não realizaveis", assim, manipulamos sonhos, sonhamos errado, e não vemos valor algum em nós quando sentimos frustração e adimitimos derrota.

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