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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Álibis


Eu andei me refutando, no meu jeito
Para me defender dos que me julgavam
Que não mediam suas pequenas palavras de degradação
Quando apontavam seu dedo torto para mim

Mas chegou o dia, que não tinha argumentos
Que me defendiam do que me tornei
Tive de encarar minha face no espelho
Perguntar em que ponto cheguei

Um espelho quebrado, cheio de sujeiras 
Incapaz de refletir qualquer luz que partisse do Sol
Um espelho degradado pelo tempo
Representava a sujeira, que um dia guardara em mim

Eu relutei durante algum tempo
O olhar para a minha cabeça, um universo; 
Que não podia colidir com um mundo real
Cheia de suas fantasias de concupiscência
Eu tentei olhar, entender o que eu me tornara
Mas nem sequer eu, conseguia entender minha letra
Em linhas tortas, amassadas pelo tempo.

Construí um império em mim, com suas paredes de ouro
Solidificadas com o tempo, elas não podem ser destruídas
Por mecanismo de destruição algum feito pelo homem
Se não, ser feita outra, desde seu interior

Nesse império, falhas em breve se revelariam
Um véu defeituoso, marcado pelo tempo
Cobria minha face, em um quarto escondido
Aqueles que não ousavam tirar meu véu
Mantinham o silêncio e o respeito
Por uma alma morta.

Havia em mim, olhos cativantes
Que sempre me visitavam, um amor que guardava
Em particular, e lhe disse pequenas palavras:

"Eu queria poder fingir
Para fugir com você
Esquecer o engano que cometi
Seduzir-te com minhas fantasias
Mas depois de tudo, você seria amaldiçoada
Pela minha alma morta, e morreria comigo, açoitada."

Lamento ter que começar tudo outra vez
Porém, tive de encarar a minha negligência
Mas não compreendo como vivi tanto tempo com essa sujeira.

E quando estiver velho, desejando minha mocidade
O sagrado silêncio, me fará deitar a cabeça sobre o ombro
Chorar minhas últimas lágrimas, sem ter arrependimento de vida

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